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POVO NEGRO: RACISMO, APAGAMENTO IDENTITÁRIO E A INVIABILIZAÇÃO NOS ESPAÇOS EDUCACIONAIS

Lívia Barbosa Pacheco Souza

Universidade do Estado da Bahia

Lattes: http://lattes.cnpq.br/5978999436523962

ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3148-5536

E-mail: adm.liviapacheco@gmail.com

DOI-Geral: http://dx.doi.org/10.47538/RA-2022.V1N4
DOI-Individual: http://dx.doi.org/10.47538/RA-2022.V1N4-18


RESUMO:

Neste artigo, argumento que os pesquisadores podem usar a análise dos espaços raciais para entender e enquadrar como os professores reconhecem e resistem ao racismo estrutural. Dessa forma, foi realizado uma revisão de literatura qualitativa, afim de se compreender a literatura acerca da visão educacional dos docentes quanto aos espaços de resistência racial. O discurso alocrônico normaliza as condições desiguais em escolas racialmente segregadas, ocultando o fato de que essas condições são efeitos de políticas específicas e fazendo com que pareçam fatos da vida inquestionáveis e tidos como certos. Uma compreensão racialmente liberal de raça apenas se concentra no racismo “como um desafio psicológico e interpessoal” relacionado ao preconceito. Esse entendimento apenas aborda o racismo ao focar nas percepções individuais específicas de pessoas de cor e falha em abordar o racismo como um problema estrutural enraizado em nosso sistema econômico e político. Importante para a análise é entender que a raça é um meio de controlar a distribuição de recursos. Mais pesquisas são necessárias para entender como os professores podem resistir à supremacia branca em suas salas de aula e, ao mesmo tempo, ensinar seus alunos a lidar com a supremacia branca que enfrentarão em outros ambientes.


PALAVRAS-CHAVE:

Educação. Racismo. Espaços Raciais.

BIOGRAFIA DO AUTOR:

Graduada em Gestão de Recursos Humanos (UNIJORGE 2011) e em Processos Gerenciais (UNIJORGE 2012), com MBA em Gestão de Pessoas (UNIJORGE 2013), Pós-Graduada em Direito do Trabalho (UCESP 2013), Bacharel em Administração Pública (UNEB 2014), Especialista em Gestão Pública (UNILAB 2015) e em Educação para as Relações Étnico Raciais -Aperfeiçoamento (UNIAFRO-UNILAB 2015), Especialista em Gestão Pública Municipal (UNEB 2016), Especialista em Saúde da Família (UNILAB 2018), Especialista em Educação em Gênero e Direitos Humanos (NEIM-UFBA 2019), Especialista em Gênero e Sexualidade na Educação (NUCUS-UFBA 2020) e em Gestão em Saúde (UNILAB 2020), Aperfeiçoamento em Tecnologia na Educação, Ensino Híbrido e Inovação Pedagógica (UAB-UFCE 2021) e Discente da Licenciatura Plena em Pedagogia da UNEB. Atua como Educadora Social e Redutora de Danos em ONG's e Projetos Sociais. É ativista do Movimento Negro e LGBT+. Integra o Grupo de Pesquisa: Educação, Cultura e Subjetividades (EDUCAS-UNILAB). Tem interesse em atuar como Pesquisadora dos temas: Administração e Desenvolvimento Local e Sustentável; Empreendedorismo; Políticas Públicas; Direitos Civis, Movimento e Ações Sociais; Qualidade no Serviço Público; Parceria Público Privada; Gestão de Pessoas; Saúde Pública e Coletiva; Relações Étnico-Raciais e Descolonização do Currículo Escolar; Violência, Gênero, Sexualidade, Raça e Classe; Infâncias e suas Intersecções; Educação Infantil e Políticas Educacionais; Educação Especial e Inclusiva; EJA e Educação Popular; Práticas Pedagógicas Transgressoras e Afrocentradas; Educação à Distância; Difusão do Conhecimento e Tecnologia Inteligente. 

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CAPA Revista Amplamente 4.png

COMO CITAR:

SOUZA, L. B. P. Povo negro: racismo, apagamento identitário e a inviabilização nos espaços educacionais. Revista Eletrônica Amplamente, Natal/RN, v. 1, n. 4, p. 236-249, out./dez. 2022.

Publicado: 28/12/2022

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